Marca registrada
Toda organização quando nasce tem um nome de registro, quando
o empresário vai ao cartório de registra sua organização dá a ela um nome e
todo documento passa a levar aquele registro. Este registro é muito parecido
com o feito quando nasce uma criança, você pega o documento de nascimento do
hospital leva ao cartório e ali sacramenta a graça da criança. Mas uma
organização tem um nome chamado de nome fantasia que também é conhecido como
fachada ou marca empresarial. O nome jurídico de uma organização em alguns
casos coincide com o nome fantasia, mas em muitos casos não. Passando da
organização para o seu líder, quero fazer uma comparação, bem simples, mas
muito importante.
Quando você pensa
numa organização normalmente pensa no seu nome fantasia, ou seja, a marca
registrada que é divulgada em rádio, televisão e jornal. De forma que em alguns
casos só a marca da organização vale mais que todo o seu patrimônio, seria o
caso Apple que em 2015 teve sua marca valorada em 128,303 bilhões de dólares.
No interior destas organizações existem diversas lideranças, mas dentre todas
há um ou alguns que se destacam, por serem eles as figuras ligadas ao nome da
organização. Algumas destas lideranças são reconhecidas antes mesmo das
organizações, mas qual seria a importância disto? Estas organizações têm
diversos líderes tão competentes quanto a figura caricata divulgada nos meios
de comunicação. O que faz com que estes líderes tenham sua marca registrada?
Existem alguns
palpites que podem orientar a reflexão, o nome fantasia de uma organização vale
tanto quanto inspira nos consumidores, seja de qual classe social for, a
necessidade de ter seus produtos. Alguns dizem que o nome fantasia precisa ser
simples, algo fácil de ser lembrado, para que o consumidor não tenha dificuldade
de pedir na hora de comprar. Isso nem sempre acontece, algumas tem o nome
fantasia bem complicados, por isso é apenas recomendado. O nome fantasia ou
marca pode estar transmitindo ao consumidor a ideia de confiança, economia,
facilidade, agilidade, criatividade, inovação, etc.. O consumidor identifica na
marca algo que lhe atrai e sua quase que necessidade de ter o produto gera tal
demanda que o produto passa a ter valor a ele que pagará, em alguns casos, bem
mais caro por ele.
Um líder, podem ser
citados alguns grandes nomes como Steve Jobs da Apple, Bill Gates da Microsoft,
Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira da AB Inbev, Silvio Santos do
SBT. Em cima de cada um destes nomes existe uma marca, não pela organização que
construíram ou conduziram, mas pelo nome fantasia que criaram para si mesmos.
Alguns criaram o líder fantasia ou marca registrada quase que naturalmente,
foram aos poucos tomando atitudes que os tornaram referências em seu meio de
atuação. Outros investiram muito tempo e dinheiro para se tornarem o líder
fantasia que desejavam ser, nem por isso conseguiram.
O executivo que
criou uma organização e se tornou ao longo dos anos o líder fantasia cumpre o
papel de arregimentar as pessoas em torno de si pelo simples fato de estar na
organização. Assim como o consumidor se junta a outros consumidores pelo desejo
que tem em ter o que esta ou aquela marca oferece, os colaboradores da
organização também se juntam em torno do líder fantasia pelo que ele as
oferece. Quando uma organização perde o seu líder, perde em muitos casos a
razão de existir e aos poucos definha até ser comprada ou falir. O líder
fantasia cria no liderado, mesmo que sem saber, a necessidade de sua presença e
orientação. Se os colaboradores não tem em sua organização um líder que inspire
esta vontade, provavelmente não existe um líder fantasia competente para tanto.
Nestes casos há uma grande chance de se perder importantes colaboradores para
uma organização que tenha um líder forte, com marca registrada.
Rosemiro A. Sefstrom