Encontro Nacional

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segunda-feira, 7 de março de 2016

Marca registrada

Toda organização quando nasce tem um nome de registro, quando o empresário vai ao cartório de registra sua organização dá a ela um nome e todo documento passa a levar aquele registro. Este registro é muito parecido com o feito quando nasce uma criança, você pega o documento de nascimento do hospital leva ao cartório e ali sacramenta a graça da criança. Mas uma organização tem um nome chamado de nome fantasia que também é conhecido como fachada ou marca empresarial. O nome jurídico de uma organização em alguns casos coincide com o nome fantasia, mas em muitos casos não. Passando da organização para o seu líder, quero fazer uma comparação, bem simples, mas muito importante.
Quando você pensa numa organização normalmente pensa no seu nome fantasia, ou seja, a marca registrada que é divulgada em rádio, televisão e jornal. De forma que em alguns casos só a marca da organização vale mais que todo o seu patrimônio, seria o caso Apple que em 2015 teve sua marca valorada em 128,303 bilhões de dólares. No interior destas organizações existem diversas lideranças, mas dentre todas há um ou alguns que se destacam, por serem eles as figuras ligadas ao nome da organização. Algumas destas lideranças são reconhecidas antes mesmo das organizações, mas qual seria a importância disto? Estas organizações têm diversos líderes tão competentes quanto a figura caricata divulgada nos meios de comunicação. O que faz com que estes líderes tenham sua marca registrada?
Existem alguns palpites que podem orientar a reflexão, o nome fantasia de uma organização vale tanto quanto inspira nos consumidores, seja de qual classe social for, a necessidade de ter seus produtos. Alguns dizem que o nome fantasia precisa ser simples, algo fácil de ser lembrado, para que o consumidor não tenha dificuldade de pedir na hora de comprar. Isso nem sempre acontece, algumas tem o nome fantasia bem complicados, por isso é apenas recomendado. O nome fantasia ou marca pode estar transmitindo ao consumidor a ideia de confiança, economia, facilidade, agilidade, criatividade, inovação, etc.. O consumidor identifica na marca algo que lhe atrai e sua quase que necessidade de ter o produto gera tal demanda que o produto passa a ter valor a ele que pagará, em alguns casos, bem mais caro por ele.
Um líder, podem ser citados alguns grandes nomes como Steve Jobs da Apple, Bill Gates da Microsoft, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira da AB Inbev, Silvio Santos do SBT. Em cima de cada um destes nomes existe uma marca, não pela organização que construíram ou conduziram, mas pelo nome fantasia que criaram para si mesmos. Alguns criaram o líder fantasia ou marca registrada quase que naturalmente, foram aos poucos tomando atitudes que os tornaram referências em seu meio de atuação. Outros investiram muito tempo e dinheiro para se tornarem o líder fantasia que desejavam ser, nem por isso conseguiram.
O executivo que criou uma organização e se tornou ao longo dos anos o líder fantasia cumpre o papel de arregimentar as pessoas em torno de si pelo simples fato de estar na organização. Assim como o consumidor se junta a outros consumidores pelo desejo que tem em ter o que esta ou aquela marca oferece, os colaboradores da organização também se juntam em torno do líder fantasia pelo que ele as oferece. Quando uma organização perde o seu líder, perde em muitos casos a razão de existir e aos poucos definha até ser comprada ou falir. O líder fantasia cria no liderado, mesmo que sem saber, a necessidade de sua presença e orientação. Se os colaboradores não tem em sua organização um líder que inspire esta vontade, provavelmente não existe um líder fantasia competente para tanto. Nestes casos há uma grande chance de se perder importantes colaboradores para uma organização que tenha um líder forte, com marca registrada.

Rosemiro A. Sefstrom



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