Estamos no período de
festas, época de Natal e Ano Novo, época
em que as famílias se reúnem e festejam o final de um e o início de outro ano.
Mas também é a epoca do ano em que muitos trabalham dobrado, pessoas cujos dias
começam muito cedo e terminam muito mais tarde. As reflexões feitas a respeito
deste período em sua maioria são otimistas e mostram um mundo perfeito, mas nem
todos vivem este mundo perfeito. Um dos filósofos que se ocupou de mostrar uma
das mazelas vividas até os dias atuais é Karl Marx, acompanhado por seu amigo
Engels.
Marx é um filósofo com
uma bibiografia muito extensa e dizer resumidamente como foi o seu pensamento é
certamente incorrer em erro. Dizem que sua extensa obra esteve em evolução
durante toda a sua vida, sendo dividida em novo e velho Marx. Outros dividem
sua produçao do jovem humanista ao materialismo histórico. A vida do filósofo
era muito simples, passando por vezes dificuldades econômicas muito sérias, das
quais era tirada por seu amigo Engels. Já no final de sua vida completou sua
obra falando de economia, uma parte da história até então ignorada pelos
historiadores.
A mazela a que me referia
no início deste escrito é a exploração de uma classe social por outra e a falsa
impressão de liberdade na escolha da profissão, estilo de vida, lugar onde se vai
morar, etc. Sabe-se que toda a riqueza produzida vem do trabalho e se uma
classe é mais rica que outra é porque uma classe está abusando da riqueza da
outra. Em outras palavras a riqueza da
classe A é fruto da exploração da riqueza da classe B. Esse fato faz com que a
relação entre as pessoas no capitalismo aconteça de forma que não há mais
relação entre pessoas, mas entre objetos.
Assim como o trabalhador,
o trabalho também se torna um objeto que é vendido em troca de salário, o qual
em maior ou menor escala vai garantir a subsistência da família. O capitalista,
por sua vez, trabalha para produzir lucro, ou seja, controla os meios de
produção para que se tenha lucro.
Através do controle, o capitalista obtem a mais valia, que é aquilo que
o trabalhador produz além do que é pago.
Então, a mais valia, ou seja, o que o trabalhador faz a mais do que
recebe é o lucro do capitalista. Quanto mais o trabalhador fizer, maior será o
lucro. Para Marx este entendimento só é possível porque o ser social das
pessoas é que determina sua consciência.
Para Marx e muitos outros
filósofos o mundo é que determina a forma como o ser humano pensa, mas isto é
uma verdade que se aplica a ele, Marx. Muitas pessoas olham pela janela e não
olham seu trabalho sendo vendido a um patrão, mas veem o dia de sol, sentem o
perfume das flores, conversam com as pessoas e fazem aquilo que gostam. Trabalhar,
assim como outras coisas da vida pode ser muito mais que obrigação, venda,
troca, mais valia, pode ser a realização pessoal. Olhar a vida como uma relação
de comércio é torná-la muito pobre. Aqui fiz apenas um pequeno recorte do
pensamento de Marx, o qual é muito usado como justificativa para ser ou fazer
determinadas coisas. É importante ter em mente que uma frase de um autor não
reflete o pensamento e o trabalho de uma vida inteira.
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