Liberdade, o que é?
Na história da
humanidade não é difícil de encontrar passagens que relatam a luta de povos,
pessoas por liberdade. Mas o que seria a liberdade? Para responder a esta
pergunta estamos na dependência do raciocínio que resolvermos desenvolver.
Existe uma parte da filosofia que acredita que o ser humano é determinado
segundo fatores alheios a ele. Segundo esse pensamento não temos escolha, somos
apenas resultado de um conjunto de fatores que nos trouxeram até este momento.
Esse pensamento já esteve revestido de conteúdo religioso e ainda hoje é muito
forte em determinados meios. Na religião esse tipo de crença se justifica ao
afirmar que Deus já conhece nos passos e que estamos onde deveríamos estar,
destino.
O pensamento
determinista afirma que os ser humano não tem escolhas, mas é apenas fruto da relação
de causa e efeito. No entanto os que acreditam na liberdade afirmam que os ser
humano é o único ser capaz de tomar conhecimento das causas que agem sobre ele
e elaborar um plano de ação para realizar a transformação. Para estes o ser
humano é fruto e resultado de suas escolhas frente às situações dadas. Um bom
exemplo desta postura é o filme Matrix, onde Neo, o personagem principal,
avalia as situações e elabora seu plano de ação. Enquanto as máquinas, o seu
oponente, não têm a liberdade da escolha, mas seguem o resultado de uma equação
matemática.
Toda essa explicação é
bastante teórica e longe do dilema diário sobre o que é realmente a liberdade
para cada um. Se voltássemos no tempo e pegássemos o Brasil Colônia e
perguntássemos às pessoas que viviam naquela época sobre liberdade? Muito
provavelmente a elite brasileira diria que liberdade é decidir questões
políticas sem depender de Portugal. Os comerciantes diriam que liberdade é
poder vender os produtos a quem quisessem e não necessariamente á coroa
portuguesa. Os escravos diriam que liberdade é não ser propriedade de outra
pessoa, ou seja, decidir a respeito de si próprio. E hoje, o que é liberdade
para você?
Pelo Oriente Médio
explodem conflitos armados onde a população briga por mais direitos, segundo
alguns jornais, por mais liberdade. Será que esse povo sabe pelo que está
lutando? Será que as pessoas nas ruas daqueles países sabem exatamente o que
querem. Não é raro encontrar pessoas que passaram a vida buscando determinadas
coisas e quando chegaram lá perceberam que era justamente o que não queriam. Se
perguntarmos a esses povos que lutam contra seus ditadores o que é liberdade,
será que saberiam responder?
Em Filosofia Clínica o
entendimento de uma situação assim pode ser dada segundo a história de cada um
dos povos. Mesmo com características comuns cada um deles conta com uma
história e esta precisar ser respeitada. Precisamos saber quais são os Assuntos
Imediatos e Últimos destas revoltas, saber o que levou a este momento, mas
sobre tudo o que realmente precisa ser trabalhado. Não são raros os momentos na
história que muitas coisas mudaram para que pudessem permanecer exatamente as
mesmas.
Rosemiro A. Sefstrom
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