Encontro Nacional

Encontro Nacional

domingo, 21 de dezembro de 2014

Mundo Perdido

Quando saia da infância e passava para adolescência o mundo estava em trânsito, ou pelo menos parte dele. Esta parte que estava em trânsito saia do "socialismo", que muitos chamam de economia planificada ou tentativa fracassada da aplicação das teorias marxistas. Seja como for, estávamos saindo disso para o capitalismo, o restante do mundo já era capitalista. O Brasil, no mesmo período, fim da década de 80, início dos anos 90 também saia de uma ditadura e passava para a democracia. Assim, na minha transição da infância para a adolescência, o mundo também estava passando de um modelo para outro, ao menos o meu mundo. Os que já eram capitalistas desmereciam os socialistas, dizendo aos outros e a sui próprios que estavam certos e que todos deveriam fazer parte do seu modelo de vida. Nesta parte parece que nasci no tempo certo, num Brasil democrático e capitalista, mesmo que seja um país pseudo democrata e pseudo capitalista.

Depois da transição vieram os ajustes, alocando cada coisa no seu lugar. Para que isso acontecesse foram necessárias algumas guerras, boa parte delas no Oriente Médio, terra já castigada historicamente. A Ásia tem lá seus encantos com um boa guerra, mas não foi dessa vez, acabou ficando de fora, mas a ameaça de uma Coreia do Norte se faz presente nos pensamentos estadunidenses. No Oriente Médio os discípulos de Maomé, orientados sob o Alcorão também entendem que o mundo deve viver à luz de sua verdade, do seu modelo de vida. Aliando política e religião tornaram o Estado uma ferramenta de imposição religiosa, já fizemos isso e não deu certo. Talvez eles entenda e cedo ou tarde deixem essa ideia de lado. Talvez no intuito de mostrar esse erro os Estados Unidos interviram em alguns casos e instalaram a "democracia", o modelo politicamente correto. Ao menos é o que dizem.  Esses ajustes onde cada país foi se adaptando ao novo mundo capitalista e democrático já executou muita gente e ainda vai executar.

O caminho que parece estar sendo trilhado, agora que cheguei a idade adulta, é aquele onde os grandes dão as mãos e impõem o seu ponto de vista aos pequenos. Pode ser que esteja errado, mas cada passo dos grandes percebe-se uma única corrente de pensamento. Desde a Rússia até os EUA, passando pela Europa, todos começam aos poucos a falar um mesmo idioma político e econômico. Parece que entenderam haver entre si uma certa interdependência, onde a minha desgraça é a sua desgraça. A formação de um governo único não é descartada, ao menos na teoria, já que as práticas parecem dar conta de que ainda muitas diferenças precisam ser ajustadas até chegar a este ponto. Meu país ainda não escolheu um lado, historicamente caminha entre um e outro lado tentando encontrar o seu próprio caminho. Talvez não seja uma boa hora para mostrar-se indeciso ou decidido pelo lado errado. 

O que vem pela frente é algo interessante, é algo que aqueles que trabalham com gente já perceberam, o desaparecimento da individualidade e o surgimento da consciência coletiva. Não no sentido de pensar no outro, no planeta, ma no sentido de que cada vez menos se pensa por si próprio, mas se pensa coletivamente. O desaparecimento do indivíduo facilita criação de doenças, criação de modelos de beleza, assim como outras questões que tendem a ser assumidas como verdade sem a devida reflexão. A morte anunciada do indivíduo já observada por algumas organizações é parcamente atacada com políticas de bem estar, que nada mais são que afagos ao ego de alguém que nem sabe direito o que lhe faz bem. Parece que passei de um mundo onde as pessoas lutavam pelo que queriam para uma massa uniforme que não tem uma visão de mundo sua, não parece que seja falta de informação, mas falta de conhecimento, coisas diferentes. Reconhecer-se ignorante sobre o que está em andamento pode ser um passo para se dar conta de que o Eu está morrendo.

Aos colegas filósofos clínicos do país, está é uma narrativa que tem base forte no tópico 01, (Como o mundo me parece). Não que ela seja certa ou errada, boa ou ruim, é um relato de como a pessoa vê o mundo ao seu redor. Pode ser que nem seja assim, mas é assim para quem o descreve. Se a opinião que ela tem sobre o mundo tiver peso subjetivo maior, isso relativo ao conteúdo dos outros tópicos, pode orientar a forma como ela age sobre o mundo, as pessoas e ela mesma. 

Rosemiro A. Sefstrom

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

A luz que cega!

Há uma obra de José Saramago publicada em 1995 com tradução em várias línguas, chamada “Ensaio Sobre a Cegueira”. Esta obra tornou-se filme em 2008 pelas mãos do diretor Fernando Meirelles e também pode vista nos teatros. A história conta de um japonês que, por não conseguir enxergar, pede ajuda até que alguém o leva até em casa e acaba por roubar o seu carro. No dia seguinte o japonês e sua esposa vão ao oftalmologista para saber o que está acontecendo e aos poucos uma epidemia se alastra e, com exceção da mulher do oftalmologista, todos ficam cegos. Devido ao alastramento da epidemia o governo decreta quarentena e separa as pessoas cegas das outras, mas mesmo assim a epidemia continua se alastrando.
Presos em uma construção, confinados a uma convivência sem a visão, os internos formam dois grupos e pouco a pouco a convivência se torna insustentável. Até que chega ao ponto em que um dos grupos, por questão de sobrevivência acaba por incendiar o lugar e fugir, mesmo às cegas. Já em casa, depois de uma longa e exaustiva caminhada, cada um faz um pedido, o que gostaria naquele momento. O interessante é que, mesmo sem enxergar, nenhum deles pedem o retorno da visão, cada um pede coisas simples, em sua maior parte o que dá o conforto à alma. Enquanto não enxergavam, os personagens diziam ver uma luz branca. Por vezes não é o escuro que cega as pessoas, mas a claridade.
No dia-a-dia em contato com pessoas de diferentes áreas de formação, status econômico, religião ou religiosidade, filosofia de vida e tantas outras diferenças podemos escutar: “Há uma luz no fim do túnel”. Estas pessoas estão vivendo o aqui e o agora, mas o seu pensamento está tão focado num futuro que “vai chegar” que o que veem é uma luz. Esta luz que veem é diferente para cada uma, para alguns a luz no fim do túnel é o dinheiro para pagar as contas no mês que vem. Para outras, a luz no fim do túnel é o emprego que desejam para si. Existem ainda pessoas para as quais a luz no fim do túnel é o relacionamento que um dia pode dar certo. Apenas para fechar as possíveis luzes, pense em qual será a luz no fim do seu túnel.
Olhando fixamente para esta luz estas pessoas passam dias, semanas, meses, anos caminhando naquela direção. Todo o tempo que caminham um pensamento é recorrente: “Quanto eu chegar lá...” Esta luz os dá força, alimenta sua alma e faz com que caminhem em passos largos, firmes e decididos, voltados para a claridade que é onde colocaram seus objetivos. Estão tão resolutos em sua caminhada e olham tão fixamente para a luz que tudo o que está na sombra passa despercebido, ou seja, ao olhar fixamente para a luz não conseguem enxergar o que está à sombra dela.
Esta luz, a claridade intensa que foi colocada como objetivo de vida pode cegar a pessoa para as vivências do presente. Quando chegar ao objetivo, conquistar a tão buscada luz no fim do túnel, pode olhar para trás iluminado pela claridade e perceber que muitas coisas boas ficaram pelo caminho. Ao focar a claridade do tão sonhado emprego a família pode ter ficado na sombra e quando se chega ao objetivo e olha-se para trás, ela já pode não existir mais. Ao ganhar o dinheiro que queria para pagar as contas e ter um tanto para guardar no banco, o amor da vida pode ter ficado na sombra pelo caminho. Ao se fixar atentamente ao relacionamento que pode dar certo pode acontecer que a sombra cubra o outro que está nesse relacionamento.
Não há nada de errado em ter objetivos e buscá-los diariamente, colocar pontos de luz na vida que possam alimentar a alma durante os períodos difíceis. Mas estes pontos devem irradiar claridade para todo o restante da vida e não cegar. Seria interessante pensar se não são os seus filhos que estão à sombra da luz que você observa no fim do túnel.

Rosemiro A. Sefstrom

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Orientação Profissional

Preparar-se para uma entrevista de emprego é o primeiro passo para conquistar um lugar no mercado de trabalho. No entanto, escolher uma carreira que você realmente queira, um lugar no mercado que realmente você queira lhe dará vantagem sobre os outros candidatos. Estar preparado para algo que você realmente quer e tem a ver com você, é a combinação perfeita para ir longe. Veja o que revela a experiência de Roberto Justos em seu programa da Rede Record.



Olá!
Na minha carreira, eu já estou no consultório como filósofo clínico a dez anos, destes dez a três anos como consultor empresarial. Além do reconhecido trabalho no consultório recentemente fui premiado junto a empresa Tiscoski Distribuidora de Santa Catarina com o Prêmio Ser Humano 2014. Esta premiação é a recompensa pelo trabalho desenvolvido junto às lideranças da organização, onde tornamos potência em ato. Além do trabalho no consultório e organizacional também conduzo um curso de pós graduação e um curso de extensão em Filosofia Clínica em parceria com a Universidade do Extremos Sul Catarinense. Tenho ainda palestras regulares no sentido de orientação profissional e formação de equipes. Mas, agora, irei participar do que considero ser um dos mais importantes Eventos da minha carreira e um dos mais importantes eventos do Brasil! Será o 1º Congresso Nacional de Autoconhecimento para Mudança de Profissão e/ou Carreira!
Ele será via internet, totalmente gratuito e acontecerá no período de 09 a 16 de dezembro. Eu sou um dos palestrantes desse mega evento, e irei falar sobre a orientação profissional a partir do perfil pessoa baseado nas técnicas da Filosofia Clínica.
Você sabia que uma pesquisa inédita mostrou que mais de 50% dos entrevistados, mesmo empregados, queriam dar uma virada na carreira e mudar de trabalho em 2014. O motivo deste percentual elevado pelo desejo de mudança era um só: a busca pela “qualidade de vida''.
E hoje você terá a oportunidade de fazer parte de um grupo seleto de pessoas que possuem informações valiosas para saber como ter  esta tão desejada “qualidade de vida” e mais ter Autoconhecimento para fazer qualquer mudança em sua vida, seja ela pessoal ou profissional.
E você também, poderá compartilhar com seus familiares e amigos para que eles  também desfrutem desses conhecimentos e práticas transformadoras.
Além de mim, estarão palestrando mais 26 experts que, junto comigo, transmitirão conhecimentos que já transformaram milhares de vidas em suas áreas de conhecimento.
Os temas são atuais como: comportamentos, crenças limitantes, perfil comportamental, orientação e reorientação de carreira, planejamento financeiro, valores, escolhas, competências  e muito mais...
Junte-se a nós para se aperfeiçoar aproveitando as informações e dicas de profissionais com experiência e conhecimento.
É muito fácil e rápido participar! Basta clicar nesse link http://hotmart.net.br/show.html?a=C2414433R , cadastrar-se (botão Reserva a sua Vaga) e confirmar sua inscrição no e-mail que você receberá em seguida!
Com apenas dois cliques você fará parte do Evento que te ensinará de forma inteligente a como tornar-se mais qualificado existencialmente: http://hotmart.net.br/show.html?a=C2414433R 
Faça uma boa ação neste Natal - compartilhe essa ideia com seus amigos, parentes, colegas ou qualquer pessoa que tenha interesse neste tema! Afinal não é todo o dia que você tem a oportunidade de presenteá-los com algo tão valioso e decisivo para o sucesso pessoal e profissional.
 Curta a página do Conampro no Facebook  e tenha acesso a todas as informações úteis sobre o Evento: https://www.facebook.com/pages/Conampro/1521859134699186


Um forte abraço!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014


Modelos de Beleza

     Ao longo dos anos sempre houveram modelos de beleza, esteriótipos de belo que servem de inspiração para outras pessoas. Entre as mulheres há um maior apelo aos modelos de beleza, entre outros fatores pelo mercado consumidor. Nos últimos anos o apelo ao esteriótipos tem aumentado devido a expansão das mídias sociais. Além disso também a dificuldade em se aproximar do modelo ideal vendido pela televisão. Atualmente o apelo a um físico anormal faz com que mulheres de todas as classes sociais gastem fortunas tentando se aproximar de algo caríssimo e ou inatingível.
     Este movimento de apelo a corpo faz com que, cada vez mais o corpo se torne apenas um pedaço de carne, exatamente como o exposto nas gondolas dos supermercados. Mulheres e homens, desde a mais tenra idade expõem seus corpos como apenas uma roupa. Se o corpo de carne e ossos não é mais o seu corpo, mas um manequim que se adapta a cada novo modelo de beleza, onde estará seu corpo? Viver a corporeidade é estar presente sensorialmente em si mesmo, não de fora para dentro, ou seja, do espelho para dentro. Estar em si mesmo é sentir a brisa da manhã, o gosto do café feito na hora, o sabor das frutas do pomar. Não há um certou ou recomendável, mas há os problemas provenientes de uma vivência não saudável da corporeidade. 
     Num breve vídeo que mostra as alterações nos padrões de beleza de penteados de cabelos, fica evidente a constante mudança dos padrões de beleza. Cobrar-se em estar dentro dos padrões de beleza atual é cobrar-se constantemente para chegar em um lugar que não se sabe onde é. 


segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Estão abertas as matrículas para a quarta turma de Pós Graduação em Filosofia Clínica pela Unesc.