Encontro Nacional

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segunda-feira, 28 de julho de 2014

Por onde andam as ideias?

Onde você está agora? Você já se fez esta pergunta? Não muito tempo atrás não era possível ao ser humano realizar grandes deslocamentos de um lugar para o outro, tudo era muito lento, comparado com a velocidade atual. Os homens montavam em seus cavalos e se dirigiam ao destino a uma velocidade de 40 km/h, ou seja, quase o dobro do que se poderia fazer a pé. Com o tempo veio à máquina a vapor e logo depois o automóvel, com a impressionante velocidade de 40 km/h, havia quem dizia que o corpo humano não suportaria velocidade maior.
Nos dias atuais, o ser humano pode se deslocar a velocidades incríveis, um carro de passeio anda normalmente a 80 km/h. Sendo assim, somos o dobro mais velozes do que nossos antepassados, mas há os que amam a velocidade e passam dos 200 km/h. Para além dos carros podemos falar dos trens bala, veículos sobre trilhos que chegam a mais de 200 km/h. Ainda mais rápidos são os aviões, muito utilizados para longas distâncias, esses objetos voadores podem chegam a impressionantes 900 km/h.
Os deslocamentos que coloquei acima são obrigatoriamente feitos pelo corpo, por isso quando pergunto “Onde você está agora?” a resposta pode ser bem simples. Basta dizer onde está agora e já podemos dizer que você se localizou. Mas se eu lhe perguntasse “Onde está seu pensamento? Onde estão suas idéias?”, você teria para estas questões as mesmas respostas para a pergunta “onde está seu corpo?” Para a surpresa de muita gente, as respostas são totalmente diferentes. Algumas pessoas conseguem sair de sua casa, ir até a praia e continuarem em casa.
Assim como o nosso corpo, nosso pensamento também se desloca nos levando aos mais diferentes ou comuns lugares. Por isso fiz a pergunta: “Onde você está agora?” Pois muitos dizem que vão para a praia, tirar férias um tempo para descansar a cabeça, mas continuam pensando as mesmas coisas em que pensavam todos os dias. Estão à beira mar, mas não sentem a brisa, não sentem a areia, não sentem a água e não convivem com o que ali está. Apenas o corpo está ali, sendo exposto ao ambiente, mas a cabeça deixa o corpo à deriva e se dirige para outras questões.
Estas pessoas normalmente voltam para casa e dizem para si e para outros: “Parece que nem tive férias, não consegui descansar”. Para estar em um lugar, se você gosta de estar lá e te faz bem, comece pelo corpo, sinta o que está ao seu redor. Se você está à beira mar, comece pela vista: o que você vê, mar, areia, ondas, pessoas, as cores de cada objeto observado. Depois pode seguir os sons que se apresentam aos seus ouvidos: os pássaros, o mar, pessoas falando, música tocando. Pode ainda sentir a pele ou passear pelos aromas. Naturalmente, direcionando a atenção para estas coisas. Vivenciando cada uma delas você terá a oportunidade de reduzir a velocidade do seu pensamento e trazê-los para onde você está.
Corpo e mente podem ter velocidades diferentes, para cada um a sintonia é diferente. Mas quando a mente está acelerada demais e o corpo está sempre correndo atrás, talvez seja hora de segurar.

Rosemiro A. Sefstrom

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